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segunda-feira, 28 de setembro de 2015

[RESENHA] Grey: Cinquenta Tons de Cinza Pelos Olhos de Christian, E. L. James

Por Amanda Medeiros



Sabe quando você tem aquela sensação de que um livro deveria ter parado por ali? As vezes nos sentimos assim em sagas quando o autor acaba deixando o livro exagerado e acabando com a história. Infelizmente foi assim que me senti lendo Grey, Cinquenta Tons de Cinza Pelos Olhos de Christian.


Grey - Cinquenta Tons de Cinza pelos Olhos de Christian
Cinquenta Tons de Cinza # 4
E.L. James...
Ano: 2015 / Páginas: 524


Sinopse: Grey - Na voz de Christian, e através de seus pensamentos, reflexões e sonhos, E L James oferece uma nova perspectiva da história de amor que dominou milhares de leitores ao redor do mundo.
Christian Grey controla tudo e todos a seu redor: seu mundo é organizado, disciplinado e terrivelmente vazio – até o dia em que Anastasia Steele surge em seu escritório, uma armadilha de pernas torneadas e longos cabelos castanhos. Christian tenta esquecê-la, mas em vez disso acaba envolvido num turbilhão de emoções que não compreende e às quais não consegue resistir. Diferentemente de qualquer mulher que ele já conheceu, a tímida e quieta Ana parece enxergar através de Christian – além do empresário extremamente bem-sucedido, de estilo de vida sofisticado, até o homem de coração frio e ferido.
Será que, com Ana, Christian conseguirá dissipar os horrores de sua infância que o assombram todas as noites? Ou seus desejos sexuais obscuros, sua compulsão por controle e a profunda aversão que sente por si mesmo vão afastar a garota e destruir a frágil esperança que ela lhe oferece?


Bom, vamos lá! A primeira coisa que notamos e que fica óbvio já pelo título é que a autora muda o ponto de vista da sua narrativa, ou seja, este quarto livro é narrado pelo Christian Grey. Por haver essa mudança imaginei que o livro fosse ser muito diferente dos outros três, assim como também imaginei que este seria um único livro narrando a história dos outros três. Foi um engano pensar desta forma visto que o primeiro livro de Grey narra apenas o primeiro livro da trilogia pelo ponto de vista de Christian. Assim, tivemos que ler toda aquela troca de e-mails, mensagens novamente que achei um pouco desnecessária o que ao meu ver poderiam ser substituídas por novas informações que deixaria o livro muito mais interessante e menos repetitivo. A impressão que tive foi que a autora simplesmente pegou o arquivo do livro anterior e reescreveu substituindo os pensamentos de Anastasia pelos de Christian.  

Toda a narrativa e o ponto de vista de Christian havia ficado subentendido nos três livros anteriores quando notamos que ele era um homem inseguro e cheio de pesadelos internos além de ser dono de uma escuridão que o faz pensar não se merecedor do amor de qualquer pessoa. Neste livro porém a autora deixa claro desde o início que Christian teve muitos problemas em sua infância que foram responsáveis pela pessoa em que ele se tornou. E esse ponto foi muito interessante pois foram as novas informações sobre a vida do personagem que a autora acrescentou. A autora foi muito assertiva em acrescentar na narrativa os sonhos de Christian pois pudemos ter em mente a profundidade do trauma causado na sua infância.

Outro ponto positivo do livro foi que a autora explicou exatamente o problema que Christian teve quando precisou voltar às pressas da Georgia para Seattle, e as impressões que o personagem teve quando estava dormindo ao sentir que havia algo ou alguém o observando. Porém, ao que se pode imaginar, as cenas de sexo descritas pelo personagem não envolvem sentimentos como nas cenas descritas por Ana, sendo mais brutas e com um tom muito menos erótico, o que deixou a leitura cansativa e exaustiva.

Um ponto positivo nessa história toda foi que após assistir o filme e ler este livro não consegui pensar em outros atores para fazer o papel de Christian e Ana. Cheguei à conclusão de que Dakota Jhonson e Jamie Dornan foram muito bem escolhidos para o papel e consegui imaginar durante todo o livro os dois como Anastasia e Christian.

Contudo, o livro não é de todo ruim. Como já citei houveram pontos positivos durante a narrativa,e outro deles é que o livro de Christian não termina no mesmo momento do primeiro livro, mas ele termina já no início do Cinquenta tons mais escuros. Acredito que mesmo com esses pontos positivos, muita coisa poderia ter sido diferente. A autora poderia ter mantido apenas alguns diálogos entre eles e não todos como fez e poderia ter acrescentado mais informações diferentes. Portanto, com certeza não foi o melhor livro da série, que até então era minha favorita. 



quarta-feira, 16 de setembro de 2015

[PARCERIA] Editora Draco

Por Amanda Medeiros


Olá amigos do Saberes Literários!

Estão preparados para o que vem por ai??


A Editora Draco está com inscrições abertas para parceria de 2015/2016!Todos os blogs cadastrados serão parceiros da editora, não havendo seleção dessa vez. Portanto você que tem um blog, vlog, ou perfil nas redes sociais também pode participar! As inscrições vão até o final do mês então não perca tempo.
A Editora Draco é uma editora que publica apenas obras nacionais. Se você se identifica com o perfil da literatura nacional e apoia a publicação das obras nacionais então você também está convidado a participar desse grupo de parceiros!

Clique aqui e faça a sua inscrição!


Sobre a Editora:


Draco. Do latim, dragão.

“A palavra dragão (em inglês, dragon) vem do grego drákon, δράκων, que deriva do verbo derkomai, “olhar”, pois seu papel no mito grego é o de vigiar tesouros cobiçados. O nome tem sido dado a criaturas mitológicas muito diversas, de diferentes culturas.”


O a Editora propõe?

Algo diferente. Invés de apenas vigiar esses tesouros cobiçados, queremos também apresentá-los a todos que os buscam. Esses tesouros estão por toda parte: internet — em suas muitas facetas como blogs, sites de compartilhamento e redes sociais; computadores pessoais — escondidos por autores que são verdadeiros dragões, no sentido original da palavra; impressos — compartilhados entre amigos e familiares — e, claro, também nas estantes das livrarias por todo o país. Esses tesouros, ou podemos dizer, tesouro: a literatura fantástica brasileira.
A Editora Draco quer fazer conhecido esse imaginário brasileiro, tão nosso e único, mesmo influenciado por obras estrangeiras que chegam através de livros e outros meios.
Queremos publicar autores brasileiros, aliando design, ilustrações e tudo o que for possível para melhorar nossos produtos. Que nossos leitores sejam atraídos pela beleza, mas nunca deixem de se maravilhar com as histórias e personagens que nossos livros trazem.
Que os autores brasileiros possam compartilhar seus tesouros e nós, amantes de livros e literatura fantástica, possamos ajudá-los a chegar aos leitores, abrindo portões e vencendo armadilhas, criando imagens e histórias que possam ser contadas por muitos anos.
O dragão despertou e convida a todos para desfrutar desse tesouro.


Últimos Lançamentos

Estranhos no Paraíso, Gerson Lodi-Ribeiro:

Você deixaria Tudo parágrafo Trás se soubesse Que vislumbraria o futuro? Este è o relato da Primeira Missão tripulada um Outro Sistema estelar. Comandada POR Sylvia Chang, uma nave Pioneira conduzirá SEIS PESSOAS Brilhantes uma Efetuar O Primeiro Contato com OS pavonianos, alienígenas não-residentes Sistema Delta Pavonis. O Plano e Permanecer POR LA Uma Década parágrafo Estudar SUAS Duas biosferas planetarias E Depois Partir Para avaliar de Perto Molton, Uma singularidade gravitacional a Três ano-luz do Sol. Só Que OS pavonianos armaram Uma Surpresa tremenda parágrafo OS Visitantes Humanos, that Alem de Todos os percalços Nao imaginam that ESSE E Apenas o Começo de Uma viagem atraves sem Volta do Tempo e do Espaço. Estranhos no Paraíso e Um Romance de Gerson Lodi-Ribeiro (de A Guardia da Memória, A Ética da Traição, Xochiquetzal: Uma princesa asteca between OS incas e Aventuras do Vampiro de Palmares), um dos MAIORES Escritores Brasileiros de ficção especulativa da atualidade. A narrativa comeca Como ficção Científica e Terminais Como alternativa História, com hum Ponto de divergência inusitado. Uma Linha histórica instigante, Que se reformula de Maneira original, Uma Mistura de gêneros realizada com maestria. Abra Mão de Tudo O Que vivenciou, de Tudo O Que entendia e aventure-se sem medo rumo ao Conhecimento.



Flores do Jardim de Balaur, Carlos Orsi


Qual é o preço pelo segredo da criação da vida? Conheça Hieron de Zenária, sábio errante que vaga pelo continente mítico de Darach. Ao oferecer seus serviços como engenheiro para as tropas que sitiam uma cidade condenada por heresia, acaba transformado em espião. Ao lado do mercenário Maabal, Hieron mergulha sem querer na teologia por trás da guerra. Com um misto de curiosidade e cinismo, descobre-se uma simples peça na disputa mais profunda que envolve o segredo da criação da vida. Flores do Jardim de Balaur, novela do autor de ficção fantástica Carlos Orsi (Guerra Justa (2010), As Dez Torres de Sangue (2012) e Campo Total e outros contos de ficção científica (2013)), apresenta os perigos e as ambições ocultas pela fé cega. A sabedoria de Hieron será suficiente para salvá-lo de maquinações que envolvem os próprios deuses?



Anna e a Trilha Secreta, Ana Lúcia Merege

Essa jornada mágica só ela pode trilhar. Anna sempre foi feliz entre os elfos da Floresta dos Teixos, mas, ao completar doze anos, começa a se dar conta de que é muito diferente de todos. Nem sua avó, uma caçadora experiente, e nem o xamã da tribo têm respostas para suas dúvidas. Quando uma misteriosa coruja rouba sua bolsa de talismãs, a menina se aventura em uma jornada no coração da floresta, atravessando os territórios dos espíritos-guardiões da tribo. E é através das armadilhas e perigos da Trilha Secreta que tudo o que aprendeu até hoje será posto à prova. Anna e a Trilha Secreta, escrito por Ana Lúcia Merege e ilustrado por Ericksama, é o primeiro livro a mostrar um outro lado do fantástico universo de Athelgard. Agora pelo olhar dos mais jovens, visite a magia e a imaginação que encantaram os leitores de O Castelo das Águias, A Ilha dos Ossos e O Tesouro dos Mares Gelados. Mas cuidado para não se perder. Siga o seu coração e nos diga o que há no final dessa trilha.


Tempos de fúria: contos de ficção científica, Carlos Orsi

Aventura, investigação e terror encontram a ficção científica. E se o mundo tivesse sido criado há apenas 15 minutos? Livros proibidos e uma máquina do tempo revelam o segredo chocante da origem do homem. Detetive viaja a estação espacial em órbita de Vênus para investigar morte misteriosa. Soldados enfrentam uma aterrorizante revolta da própria força fundamental do universo. Essas são pequenas amostras desta reunião de cenários e temas que têm em comum o compromisso com a boa literatura de entretenimento. Tempos de Fúria: contos de ficção científica é mais uma coletânea de Carlos Orsi, autor de Guerra Justa (2010), As Dez Torres de Sangue (2012) e Campo Total e outros contos de ficção científica (2013). Ao explorar sem medo tanto conceitos vigentes como teorias já ultrapassadas em suas histórias, o trabalho de Orsi une aventura e terror, sempre tendo a ciência como pano de fundo. Saiba por que sua escrita envolvente e questionadora já é referência na literatura especulativa brasileira.

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

BIENAL DO LIVRO: um sonho de consumo


 Bienal! Eu não fui.



Olá leitores queridos! Espero que estejam muito bem e não estejam chorando as pitangas por não terem conseguido ir à Bienal do livro no Rio, assim como eu.

Todo bom leitor tem o sonho de ir ao menos uma vez na vida em uma Bienal do Livro, participar da programação, de debates e sessão de autógrafos dos seus autores favoritos. Também querem participar do lançamento de livros, aproveitar as promoções que sempre acontecem nos últimos dias de feira. Mas, como nem todo bom leitor possui disponibilidade ou dinheiro o suficiente para poder pagar uma viagem até estes grandes centros que ocorrem eventos maravilhosos como a Bienal, acabam chupando o dedo em suas casas sem poder participar como queriam, acompanhando o evento apenas pela internet, televisão, ou ainda acompanhando as fotos de seus amigos leitores que puderam ir a estes eventos. E quando os amigos podem comparecer bate aquela invejinha branca e a gente sempre torce para que eles sejam nossos amigos de verdade e pelo menos tragam um livro que a gente gosta ou no mínimo um marcador de páginas, afinal os marcadores são distribuídos gratuitamente e eles nem precisariam desembolsar uma grana para comprá-los não é mesmo?!

Enfim, a Bienal acabou, eu não pude ir assim como muitos brasileiros amantes da leitura também não puderam.E por isso estou fazendo este post sobre o evento e os seus acontecimentos.

O evento ocorreu de 3 a 13 de setembro de 2015, no Rio de Janeiro e contou com uma programação incrível de dar inveja a todos que não puderam ir. O valor era de apenas de R$ 16 a entrada inteira e R$ 8 a meia-entrada.

Segundo fontes da G1, foram aproximadamente 3,7 milhões de títulos vendidos e público de 676 mil visitantes nesta Bienal, batendo recorde do evento anterior em 2013. A próxima edição será realizada entre 31 de agosto e 10 de setembro de 2017 no Rio de Janeiro, mas antes disso haverá a edição em São Paulo, 2016, que promete até ter um aplicativo de celular para ajudar o público a escolher a programação adequada. 


Argentina homenageada: Argentina foi escolhida como país homenageado nesta Bienal. Participou com um stand de 400m² onde foram exibidos diversos aspectos destacados da identidade do país. O stand contou com um auditório batizado como “Manuel Puig” em homenagem ao autor de “O beijo da mulher-aranha”.





A Bienal também também homenageou Maurício de Sousa, que comemorou 80 anos no evento e teve uma exposição especial com 190 metros quadrados. Os visitantes acompanharam uma retrospectiva com a evolução dos desenhos de seus principais personagens. 



A Bienal também contou com muitos outros nomes em seus eventos como Kéfera Buchmann, a blogueira de 22 anos que acaba de publicar sua autobiografia "Muito mais que 5 minutos". Em uma semana, o livro vendeu 100 mil exemplares, 15 mil deles na bienal.


O blogueiro Rafael Moreira também marcou presença na Bienal.



Assim como a escritora norte-americaca de 25 anos, Anna Todd , autora de "After" e "After - Depois da verdade".



E a Colleen Houck, autora da saga "A maldição do tigre", marcou sua presença no evento indo a caráter, lançando sua nova saga "O despertar do príncipe".




Também estiveram presentes os autores brasileiros Isabela Freitas "Não se apega não"; Pedro Gabriel "Eu me chamo Antônio"; Paula Pimenta "Fazendo o meu filme"; Carina Rissi "Perdida"; Eduardo Sphorn "A batalha do Apocalipse"; Carolina Munhóz e Sophia Abrahão "O mundo das vozes silenciadas"










Assim como a norte-americana Collen Hover compareceu a um bate papo com seus leitores 


E Josh Malerman, autor de"Caixa de pássaros"


Estes foram apenas alguns dos autores que estiveram presentes na Bienal do Rio 2015. Muitos outros escritores marcaram sua presença no evento e muitos deles não tão conhecidos mas que também contribuem para a literatura brasileira. Quero apenas agradecer a estas pessoas que fazem da nossa vida um conto de fadas ou um pesadelo mortal, mas que nos permite viver várias vidas em apenas uma.

Esse foi um pouquinho da Bienal para vocês! Quem sabe na próxima não nos vemos por lá!
Até a próxima...

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

[RESENHA] O primo Basílio, Eça de Queirós

Por Amanda Medeiros

O Primo Basílio


Sinopse: Mestre do estilo e da narrativa, Eça de Queirós traça um retrato pormenorizado da tradicional família da média burguesia de Lisboa. O livro narra a história de Luísa, jovem sonhadora e leitora de romances, que se envolve com seu primo e primeiro amor, Basílio, enquanto o marido, Jorge, viaja a negócios.



José Maria Eça de Queirós foi um dos maiores nomes da literatura portuguesa escrevendo romances que foram marco do realismo português. Em sua época, o autor foi um dos precursores do movimento literário Realismo de Portugal, que tinha como principal característica descrever a sociedade assim como ela é, sem máscaras, sem romantismo e muitas vezes criticando, ironizando e satirizando o comportamento das pessoas. 


Falar de um clássico da literatura portuguesa não é nada fácil, mas “O Primo Basílio”, obra publicada em 1878, possui muitas destas críticas sociais que são muito visíveis durante a litura da obra.

A história ocorre na cidade de Lisboa, onde Luísa, uma moça romântica e sonhadora, era casada com Jorge, um homem bem-sucedido e que provinha o sustento da casa. Casados e felizes costumavam receber amigos e levavam uma vida tranquila. Apesar de seu marido não aprovar, Luísa mantinha uma amizade com uma antiga colega, Leopoldina, vista com maus olhos pela sociedade por suas contínuas traições e adultérios. Jorge não gostava de recebê-la em sua casa, mas mesmo assim, Luísa o desobedecia.

As coisas começam a mudar quando Jorge precisa viajar a trabalho, deixando a esposa sozinha com as empregadas. Durante a ausência do marido, Luisa recebe uma visita inesperada de seu primo Basílio, que acabara de chegar da França e com quem havia tido um breve relacionamento. Basílio reconquista o amor de Luísa que por sua vez não resiste ao charme do primo, cometendo o adultério com este.

Uma das empregadas da casa se chamava Juliana, e esta era invejosa, ambiciosa e amarga. Juliana acaba descobrindo o romance entre Luísa e Basílio e começa a chantagear a patroa, obrigando-a a servi-la como se fosse ela a dona da casa, e exigindo muito dinheiro pelo seu silêncio. Transformada de senhora mimada em escrava, Luísa começa a adoecer.

Ao pedir dinheiro e ajuda ao primo, este recusa e volta para França, não deixando alternativas à Luísa que precisou pedir ajuda a um amigo de seu marido, Sebastião, que com a ajuda de um policial, consegue tirar de Juliana, uma carta dos amantes. A empregada que tinha a saúde fraca acaba falecendo com o susto. 

Basílio envia da França uma carta a Luísa, intermediada por Jorge que descobre a traição da amada. Exige explicações da esposa porém ele a perdoa pois sentia um grande amor por esta. Mas o frágil estado de saúde de Luísa faz com que ela não resista e morra. Após a morte da amada, Jorge abandona a casa onde haviam vivido e tempos depois, Basílio volta a Lisboa e descobre que  Luisa havia falecido. Basílio responde com uma indiferença impiedosa à notícia.

Existe, no livro, uma grande crítica a respeito de uma sociedade traidora, que comete adultérios, a exploração da sexualidade. Nota-se a influência do Romantismo Inglês quando o autor cita Walter Scott e outros autores de grande importância neste período. Porém, ao mesmo tempo que cita obras românticas, Eça critica o Romantismo: o tempo passa e o que é romântico fica para trás.  A personagem Luíza é muito influenciada pelo romantismo, e ao mesmo tempo que o autor o critica, também critica a protagonista mostrando uma personagem ingênua, frágil que mascara a realidade.

Algumas personagens são marcadas pela baixeza de caráter como as personagens do primo Basílio e da empregada Juliana. Ambos se mostram traidores. 

Também é notada uma crítica à religião. Ao mostrar a sociedade como ela realmente é, ao descrever com clareza e perfeição traços psicológicos da sociedade, o autor acaba "exaltando" os pecados e o pecador, podendo notar portanto a negação do catolicismo neste período realista.

Esta não é uma leitura fácil, possui muitas palavras desconhecidas mas com certeza é uma ótima leitura. E apesar de tanto tempo se passar após a publicação desta obra, as criticas ainda continuam sendo atuais.


CLASSIFICAÇÃO: