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terça-feira, 19 de setembro de 2017

[RESENHA] Piano Vermelho - Josh Malerman

Por Patricia Christmann

Olá pessoal, como estão?

Hoje a resenha é de um livro que fiquei babando desde que vi a capa em pre-venda!
Como sou apaixonada por Caixa de Pássaros, não podia deixar de ler Piano Vermelho.
Confesso que tinha uma certa expectativa ai! Mas por sorte gostei da história.


Piano Vermelho

Piano Vermelho


Josh Malerman


ISBN-13: 9788551002063

ISBN-10: 8551002066
Ano: 2017
Páginas: 320
Idioma: português
Editora: Intrínseca

Sinopse: Ex-ícones da cena musical de Detroit, os Danes estão mergulhados no ostracismo. Sem emplacar nenhum novo hit, eles trabalham trancados em estúdio produzindo outras bandas, enchendo a cara e se dedicando com reverência à criação — ou, no caso, à ausência dela. Uma rotina interrompida pela visita de um funcionário misterioso do governo dos Estados Unidos, com um convite mais misterioso ainda: uma viagem a um deserto na África para investigar a origem de um som desconhecido que carrega em suas ondas um enorme poder de destruição.
Liderados pelo pianista Philip Tonka, os Danes se juntam a um pelotão insólito em uma jornada pelas entranhas mortais do deserto. A viagem, assustadora e cheia de enigmas, leva Tonka para o centro de uma intrincada conspiração.
Seis meses depois, em um hospital, a enfermeira Ellen cuida de um paciente que se recupera de um acidente quase fatal. Sobreviver depois de tantas lesões parecia impossível, mas o homem resistiu. As circunstâncias do ocorrido ainda não foram esclarecidas e organismo dele está se curando em uma velocidade inexplicável. O paciente é Philip Tonka, e os meses que o separam do deserto e tudo o que lá aconteceu de nada serviram para dissipar seu medo e sua agonia. Onde foram parar seus companheiros? O que é verdade e o que é mentira? Ele precisa escapar para descobrir.
Com uma narrativa tensa e surpreendente, Josh Malerman combina em Piano Vermelho o comum e o inusitado numa escalada de acontecimentos que se desdobra nas mais improváveis direções sem jamais deixar de proporcionar aquilo pelo qual o leitor mais espera: o medo.


Ficção / Literatura Estrangeira



Philip Tonka é um ex-soldado que agora trabalha juntamente com seus amigos, os Danes, produzindo bandas musicais. Um dia eles foram o sucesso do momento, hoje são bêbados e farreiros de uma noite só.
Tudo muda quando um funcionário misterioso do governo dos Estados Unidos lhes entrega uma missão: encontrar a origem de um som no deserto na África, um deserto tão antigo e mortal que é capaz de abrigar uma arma que o governo quer. Um som capaz de desarmar até uma ogiva nuclear e que faz as pessoas passarem mal só de ouvi-lo em uma gravação.
Seria o som, uma arma?

Piano Vermelho intercala a viagem dos Danes até o deserto, com a estadia de Philip, quase morto, no Hospital Macy Mercy, onde esta sendo cuidado por Ellen.
"-Não espero que saiba o nome de cada osso do corpo humano, Philip. O que estou dizendo é que você não quebrou só os pulsos e os cotovelos. Você quebrou quase tudo."
Como isso seria possivel?
"Na verdade, não há uma unica fratura uniforme no seu corpo, nenhum padrão que nos permita adivinhar um objeto, uma causa, uma imagem do que o feriu."
Seis meses em coma é o que separa Philip dos Danes, do deserto e do que quer que tenha acontecido lá. Ele não se lembra totalmente, mas sente que foi ruim. Ruim a ponto de ter quese todos os seus ossos quebrados!
"O numero é impossível . O numero é cruel. O numero aumenta a distancia entre ele e os Danes."
Mas sua recuperação começa a assustar Ellen. A enfermeira que trabalha tentando salvar pessoas que estão com os dois pés na cova, prontos para serem enterrados, mas que as vezes sobrevivem. Mas nunca como Tonka. Nunca alguém chegou tão destruído. Sem explicação, sem chances. E mesmo assim, Philip Tonka reage como nunca alguém reagiu, seu corpo se curando numa velocidade assustadora, quase impossível.
"Em alguns dias, Ellen sente as mãos inteiras da Morte nos corredores do hospital Macy Mercy. Impacientes, gananciosas, pervertidas."
O que há de errado com ele?

Josh Malerman nos joga em um labirinto de perguntas ainda sem respostas.
"As perguntas virão. Philip sabe disso. Perguntas sobre a Africa e sobre a origem do som. Perguntas sobre o restante do pelotão, sobre os Danes, sobre o que Philip ouviu e o que gravou lá."
 Enquanto intercala entre o presente, no hospital, e a viagem ao deserto, a estória nos deixa numa situação de muita aflição e curiosidade. Me vi varias vezes elaborando teorias malucas, impossíveis. Mas nada se compara a estória que Malerman criou.
"Os Danes seguiram pegadas de cascos no deserto. Apenas duas. Como se o animal andasse ereto, sobre as duas patas traseiras..."
As vezes parece que tudo não passa de miragem, e repentinamente a realidade surge e nos afoga em perguntas que só Malerman é capaz de responder. E ele vai.
"A tres metros dali, a agua esta escura. Há outra pessoa submersa.
Calça vermelha.
Coturnos pretos.
Mas serão mesmo coturnos? Abalado, desorientado, Philip acha que vê...
Cascos."
Entre alucinações, areia e muito calor, Philip encontra fantasmas. 
"Não é só um americano, pensa Philip. É o primeiro."
Seria o som tão poderoso a ponto de interferir na roda da vida e da morte?
Poderia ter forças para trazer fantasmas de volta a carne?
"Mas são ecos.
E ecos não são mortos nem vivos..."
Philip só sabe que o governo quer desesperadamente esse som. E que vai fazer de tudo para te-lo. Não importa o custo.
"Todo soldado precisa estar preparado para um inimigo ainda mais louco do que ele."

Mas será pago por quem?


Um jogo enigmático recheado com um bom suspense.

Venha desvendar os segredos do deserto africano e conhecer o som.
Se você aguentar.

Alguém já leu? Me conta!




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